quinta-feira, 26 de novembro de 2009

TERRA ARDENTE

Choro as mágoas
choro as tristezas
das queimadas

Choro os extermínios aem fim
e as buscas infrutíferas
pela preservação.

Não escuto mais teu cantar
nem ouço mais teu grunhido
apagado e abafado
pelos estalidos da mata
ardendo e queimando.

Vejo as labaredas
que se elevam ao alto
como se demonstrassem sua força
consumindo tudo sem dó.

Acabam-se as matas
apagam-se as esperanças de poucos
que lutam desesperados
para que a natureza se preserve
como garantia de um futuro melhor.

Júlio Cesar

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